segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O que é de mais, nunca é o bastante

           À medida que o tempo passa, as coisas mudam. O modo de ver as coisas mudam, os sonhos mudam, o jeito de ser muda, os valores, enfim, tudo muda. E essas mudanças acontecem diante dos nossos olhos, mas não conseguimos vê-las, pois a sociedade está tão fechada tão focada em quanto dinheiro terá para gastar domingo no shopping que acaba aderindo a essas mudanças sem perceber.
        O desejo por uma vida melhor, por um carro de útilma geração, por dar aos filhos a oportunidade que os pais não tiveram, crescer na vida, ter uma posição estável na sociedade, são coisas que hoje todos queremos. Os valores não são mais os mesmos. A realidade é outra. Para conseguir um salário rasoável é preciso vestir a camisa e der o melhor em tudo. Porém as pessoas deixam seus princípios de lado e passam por cima de quem for preciso para alcançarem o que querem.
            Coisas simples não são mais valorizadas. Estar com a família e os amigos, passar um tempo assistindo a umbom filme e rindo não têm importância. E deixar essas coisas de lado para trabalhar e assim conquistar uma vida melhor é a realidade de muitas famílias brasileiras. Não que não seja importantedesejar um estudo melhor para os seus filhos, mas de que adianta se os pais não passam algumas horas de lazer com eles.
            As pessoas não se contentam com pouco. Nunca estão satisfeitas por serem simplesmente felizes, terem um bom emprego, um bom apartamento. Estão sempre em busca de mais e mais. Como diz Renato Russo na música teatro de vampiros "Esse é o nosso mundo, o que é demais, nunca é o bastante". É uma verdade que se tornou realidade e até  um modo de vida. O que temos nunca é o suficiente para dizermos - agora sou feliz com o que tenho.

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